23 de dezembro de 2010

Trabalhar com segurança em telhados


Trabalhar em telhados pode ser perigoso e é fundamental que existam normas de segurança
rigorosas, tanto para trabalhos a longo prazo como para trabalhos a curto prazo. A presente ficha contém informações básicas sobre segurança no trabalho em telhados, mas não pode indicar regras pormenorizadas. Recomendamos que contacte as autoridades competentes ou
outros organismos apropriados antes de dar início aos trabalhos, caso necessite de mais informação.


Precauções no trabalho em telhados

A obra é necessária?


O melhor modo de evitar uma queda de um telhado ou através dele é, em primeiro lugar, não subir a este. Sendo necessário executar o trabalho, será possível fazê-lo sem ter de aceder ao
telhado ou reduzindo o tempo de permanência neste? Pode ser possível, por exemplo, montar parcialmente partes do telhado ao nível do solo, por forma a minimizar o tempo despendido em
trabalhos em altura.


Antes de iniciar o trabalho


Antes de se iniciarem quaisquer trabalhos em telhados, deve ser efectuada uma avaliação dos riscos. Devem ser disponibilizados os equipamentos de trabalho necessários e implementados as
medidas e métodos de trabalho adequados. Além disso, os trabalhadores devem dispor de indicações claras e de formação suficiente. Todos os trabalhos em telhados, incluindo os de curta
duração (que demoram minutos e não horas), requerem um planeamento cuidadoso, de modo a minimizar os riscos para os trabalhadores.


Prevenção de quedas


Devem ser adoptadas medidas preventivas sempre que há risco de queda ao aceder a, trabalhar em ou descer de um telhado.
Devem ser tomadas medidas de protecção colectiva contra os riscos de queda com base nos resultados das avaliações dos riscos, antes de serem tomadas medidas de protecção individual.
Qualquer protecção contra quedas (como sejam os guarda-corpos) deve ser suficientemente resistente para impedir ou travar quedas e impedir que os trabalhadores sofram danos. As medidas de prevenção de quedas devem ser postas em prática antes de se iniciar o trabalho em altura e mantidas até à conclusão do mesmo. Durante a realização de trabalhos em
telhados, devem ser tidas em conta as condições atmosféricas, já que o gelo ou o tempo húmido ou ventoso podem aumentar significativamente o risco de queda de pessoas ou materiais.


Queda de materiais


A queda de materiais pode matar. Não se deve lançar nada de
um telhado. Proceda da seguinte maneira:


■ utilize condutas de entulho fechadas ou desça os materiais até
ao solo;
■ não deixe acumular material susceptível de cair;
impeça o acesso a áreas perigosas sob o telhado ou adjacentes
a este;
■ utilize redes de protecção, vias de passagem cobertas ou
outras protecções semelhantes para evitar que a queda de
materiais cause danos;
■ sempre que possível, evite que se carreguem objectos grandes
e pesados para os telhados;
■ assegure a correcta armazenagem de todos os materiais, em
especial com tempo ventoso.

Formação


Quem trabalha em telhados necessita de conhecimentos, competências e experiência adequados para trabalhar em segurança. Os trabalhadores necessitam de formação que lhes permita reconhecerem os riscos, compreenderem os métodos de trabalho apropriados e disporem das competências necessárias para os executar, como, por exemplo, colocar protecções nos
bordos, trabalhar com uma plataforma móvel de acesso ou instalar e utilizar sistemas de arnês.

Tipos de telhados


Telhados planos


Trabalhar em telhados planos comporta um risco elevado. As
pessoas podem cair:


■ do bordo de um telhado completo;
■ do bordo onde se está a trabalhar;
■ de aberturas, fendas ou clarabóias frágeis.
É necessário adoptar medidas preventivas no trabalho em
telhados planos sempre que há risco de queda. Podem ser
necessárias medidas preventivas no bordo do telhado, nas
aberturas, nos pontos de acesso ao telhado e nas clarabóias
frágeis.


Telhados inclinados


Em telhados inclinados, as pessoas podem cair:


■ dos beirais;
■ escorregando pelo telhado e transpondo os beirais;
■ internamente, através do telhado;
■ dos frontões.


A protecção dos bordos tem de ser suficientemente resistente para suportar uma pessoa que caia contra ela. Quanto maior for a pendente e quanto mais inclinado for o telhado, mais forte
terá de ser a protecção. As plataformas de acesso mecânicas podem proporcionar um local de trabalho seguro, em alternativa ao trabalho no próprio telhado. Podem ser particularmente úteis
em trabalhos de curta duração e em demolições, quando se criam aberturas no telhado.
É necessário assegurar acessos, saídas e locais de trabalho seguros. Uma vez que as telhas podem não constituir uma base segura, pode ser necessário utilizar escadas de telhador ou
equipamento semelhante.


Telhados frágeis


Entende-se por material frágil aquele que não suporta de forma segura o peso de uma pessoa e de qualquer carga transportada.

Muitos componentes de telhados são ou podem tornar-se


frágeis. O fibrocimento, a fibra de vidro e o plástico tendem
geralmente a tornar-se mais frágeis com o tempo e os telhados
em aço podem enferrujar. As placas de telhados mal reparados
podem não ter sustentação suficiente. Os telhados podem ainda
ter zonas frágeis (como é o caso das clarabóias) não
imediatamente aparentes e podem ser temporariamente frágeis,
em especial durante a construção.
Um telhado frágil não é um local de trabalho seguro, pelo que
não deve haver acesso ao mesmo sem medidas de prevenção
adequadas.
Telhados industriais
O trabalho em coberturas industriais implica riscos de queda:
■ do bordo do telhado;
■ através de aberturas no telhado não completo;
■ através de placas;
■ do revestimento exterior, quando é inevitável haver aberturas
não protegidas;
■ da estrutura, nomeadamente quando se descarregam placas
da cobertura;
■ através de clarabóias ou coberturas frágeis ou de fixação temporária.

Um bom planeamento pode reduzir significativamente os riscos ligados às coberturas industriais. Eis alguns elementos-chave:

■ Redução da necessidade de deslocação dos trabalhadores no telhado, através de:

• utilização de cais de carga;
• entrega das placas certas à medida que estas vão sendo necessárias, no local certo e no momento certo;
• instalação de pontos de acesso adequados à posição em que se trabalha.

■ Minimização das probabilidades de queda através da segurança do local de trabalho, e não confiando apenas no equipamento de protecção contra quedas.
Trabalho em telhados já existentes

Este tipo de trabalho inclui a inspecção, a manutenção e a limpeza, bem como a reparação, a remoção e o desmantelamento. É frequente pessoas não especializadas, tais como técnicos de
limpeza, encarregados de pequenas reparações em edifícios ou gestores de obra, efectuarem trabalhos de inspecção e limpeza.Tais trabalhos não devem ser efectuados sem uma avaliação dos riscos adequada, um planeamento correcto, as precauções necessárias nem sem supervisão.
Sempre que se planeia a reparação, a renovação ou o desmantelamento de telhados, deve-se estudar o modo como os materiais vão ser retirados e armazenados. São necessárias
salvaguardas de protecção dos trabalhadores contra quedas ao longo de todo o processo de desmantelamento.
É essencial desmantelamento de telhados e de materiais de telhados.

Legislação

As principais directivas da UE que dizem respeito ao trabalho em
telhados são, entre outras, as seguintes:

■ Directiva 89/391/CEE do Conselho, de 12 de Junho de 1989, relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho;
■ Directiva 92/57/CEE do Conselho, de 24 de Junho de 1992, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde a aplicar nos estaleiros temporários;
■ Directiva 2001/45/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Junho de 2001, que altera a Directiva 89/655/CEE do Conselho, relativa às prescrições mínimas de segurança e de
saúde para a utilização pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho.

As directivas europeias estabelecem normas mínimas de segurança e saúde e são transpostas para a legislação nacional em todos os Estados-Membros. A legislação nacional pode exigir normas mais rigorosas, pelo que cada situação deve ser verificada junto da respectiva autoridade competente.


Aparelhos Extintores

CLASSES DE INCÊNDIO


cinco classes de incêndio, identificadas pelas letras :



CLASSE A
  • Assim identifica do o fogo em materiais sólidos comuns, como madeira, papel, tecido e borracha.
  • Deixa como resíduos cinzas e brasas.
  • O método mais comum para extingui-lo é o resfriamento por água.

CLASSE B

  • Ocorre quando a queima acontece em líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis.
  • Não deixa resíduos.
  • Para extingui-lo, você pode abafar, quebrar a reação ou ainda promover o resfriamento.


CLASSE C




  • É a classe de incêndio em equipamentos elétricos energizados.
  • A extinção deve ser feita por agente extintor que não conduza eletricidade.
  • É importante lembrar que a maioria dos incêndios classe C, uma vez eliminado o risco de choque elétrico, torna-se um incêndio classe A.


CLASSE D




  • É a classe de incêndio em que o combustível são metais pirofóricos, como magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sólido, urânio e zircônio.
  • Queima em altas temperaturas.
  • Para apagá-lo, você necessita de pós especiais, que separam o incêndio do ar atmosférico pelo abafamento.

CLASSE K

  • Classificação do fogo em óleo e gordura em cozinhas.
  • Os agentes extintores da classe K controlam rapidamente o fogo, formando uma camada
    protetora na superfície em chamas.
  • Possuem efeito de resfriamento por vapor de água e de inertização resultante da formação do vapor.

AGENTES EXTINTORES

São aqueles utilizados no combate a principio de incêndio, os mais utilizados são:

ÁGUA


  • Age inicialmente por resfriamento, absorvendo o calor quando aquecida pelo fogo, transformando se totalmente em vapor a aproximadamente 100ºC.
  • Sua ação por abafamento ocorre devido à sua capacidade de transformação na razão de 1litro de água para 1.500 litros de vapor.

QUÍMICO

  • Há várias composições de pós que, quando aplicadas sobre o fogo, extinguem-no,principalmente por quebra da reação em cadeia.
  • As composições de dividem em tipo BC (líquidos inflamáveis e energia elétrica);
  • ABC (múltiplouso, polivalente,para fogo em sólidos, líquidos inflamáveis e eletricidade); e D (metais combustíveis).

GÁS CARBÔNICO

  • Também chamado de (CO2) –Age por abafamento e por resfriamento, em ação secundária.
  • É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz eletricidade.
  • É asfixiante e por isso deve-se evitar o seu uso em ambientes pequenos

ESPUMA MECÂNICA

  • Age primeiro por abafamento e de forma secundária por resfriamento, por ser constituída por grande quantidade de água.
  • Quando a espuma é do tipo AFF, o líquido drenado forma um filme aquoso na superfície do combustível, dificultando ar e ignição.
  • É ideal para extinguir fogo classe B, envolvendo derivados de petróleo (heptano,querosene, Óleo diesel, toluol, xilol etc.).
  • Suas características de umectação também atornam eficiente na extinção de fogo classe A.

O QUE DEVE SER OBSERVADO NO EXTINTOR?

  • LAMMPADA

  • L –LACRE
  • A –ALÇA
  • M –MANGOTE
  • M ‐ MANÔMETRO
  • P –PINO
  • A –ASPECTO
  • D‐DEFORMIDADES
  • A –AUTORIZACÕES

20 de dezembro de 2010

TREINAMENTO PARA USUÁRIOS DE LUVA DE SEGURANÇA


PORQUE É IMPORTANTE
PRESERVAR AS MÃOS ?

Porque o desenvolvimento da inteligência e a capacidade de transformação do homem estão ligados a elas.Os dedos compridos e o polegar oposto aos outros dedos, é o que tornam esta ferramenta maravilhosa capaz de executar diversas atividades, além de nos permitir distinguir o frio e o quente, o áspero e o liso, o rígido e o maleável. A estrutura complexa através de músculos, tendões, ossos, articulações, nervos, polpa digital, artérias e veias, permite a movimentação das mãos de tal maneira que o ser humano consiga desenvolver desde os serviços mais delicados até os mais pesados.O sistema integrado dessa estrutura pode ser comprometido por qualquer lesão, uma simples fratura de um osso pode ocasionar a contratura de uma articulação, assim como um corte na palma pode repercutir na perda da sensibilidade da ponta do dedo.

ANATOMIA DA MÃO


A mão humana é constituída pelos ossos do
carpo, metacarpo e falanges e revestidas pela
epiderme.
É entre os órgãos do corpo humano um dos
mais complicados, com artérias, veias, tendões
e vasos sanguíneos.
São incontáveis seus músculos, as articulações,
as funções, os caracteres morfológicos, os
movimentos e o esqueleto ósseo harmonioso


5 INDICAÇÕES PARA PROTEGER SUAS MÃOS

1 - IDENTIFICAÇÃO DO RISCO
2 - FATORES QUE INFLUENCIAM OS RISCOS
3 - CONSEQUENCIAS DAS EXPOSIÇÕES AOS RISCOS
4 - TIPOS DE LUVAS DE SEGURANÇA
5 - COMO USAR E CONSERVAR A LUVA

O QUE É RISCO ?
Situação em que o corpo humano, ou parte dele é colocado em PERIGO.
Nossa abordagem será sobre as MÃOS.
1 – IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS

* FÍSICOS/MECÂNICOS
* QUÍMICOS
* BIOLÓGICOS
FÍSICOS/MECÂNICOS

•AGENTES Abrasivos e Escoriantes.
•Agentes Cortantes e Perfurantes.
•Choques Elétricos.
•Altas e Baixas Temperaturas.
•Radiações.
QUÍMICOS

•Sólidos;
•Líquidos;
•Gasosos;
BIOLÓGICOS
•Contaminação por Vírus;
•Bactérias;
•Fungos;

FATORES QUE INFLUENCIAM O RISCO
- Trabalho com manuseio de artefatos abrasivos, perfurantes ou cortantes;
- Choques ou batidas contra objetos estáticos ou em movimento;
- Objetos escorregadios;- Atividades excessivamente úmidas;
- Exposição do trabalhor a serviços que utilizem produtos químicos em forma líquida (óleos e soluções), sólidas e gasosa.
2 – ATITUDES SEGURAS E CORRETAS

-Conhecer e obedecer os procedimentos operacionais e as normas de segurança;

-Planejar antes de executar qualquer tarefa;
-Certique-se que os sistemas de proteção estão sendo usados e nunca neutralize um dispositivo de segurança;

-Desligue os equipamentos antes de limpar ou fazer qualquer manutenção e limpeza;
-Utilizar ferramentas adequadas, em boas condições e de modo correto;

-Cuidado ao manusear produtos químicos, procure conhecer os riscos e as medidas preventivas para manuseio.
3 – CONSEQUENCIA DAS EXPOSIÇÕES AOS RISCOS

-Lesões Traumáticas: Torções, Fraturas, Cortes, Perfurações e Esmagamento;

-Lesões de Contato: Queimaduras, irritações, Alergias e Dermatites.
4 – TIPOS DE LUVAS DE SEGURANÇA

-EXISTE UMA LUVA ADEQUADA PARA CADA TIPO DE ATIVIDADE EM FUNÇÃO DO GRAU DE PROTEÇÃO, LEVANDO SEMPRE EM CONSIDERAÇÃO QUE TODO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO TEM SUAS LIMITAÇÕES.

-De acordo com a NR 6, o EPI para proteção dos membros superiores (luvas de segurança), pode ser classificado como:

a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;

d) luvas de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;

e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;

f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;

h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
TIPOS DE LUVAS DE SEGURANÇA

-LUVAS EM MALHA: SUEDINE, TRICOTADAS, HELANCA,

GRAFATEX E LONA;

- LUVAS EM COURO: RASPA E VAQUETA;

- LUVAS EM PVC: COM OU SEM SUPORTE TÊXTIL (FORRO);

- LUVAS EM LÁTEX NATURAL: COM OU SEM SUPORTE TÊXTIL
(FORRO);

- LUVAS NITRÍLICAS: COM OU SEM SUPORTE TÊXTIL (FORRO);

- LUVAS ANTI-CORTE: MALHA DE AÇO, FIOS DE AÇO E FIOS
SINTÉTICOS (ESPECTRA);

- LUVAS TÉRMICAS: COURO, ARAMIDA, ALUMINIZADAS, NEOPRENE
(NORMALMENTE COM REVESTIMENTOS INTERNOS);
- LUVAS PARA ELETRICIDADE: BORRACHA E VAQUETA.
5 – COMO USAR E CONSERVAR AS LUVAS:

1- Use o tamanho correto, muito grande dificulta o tato e possibilita o
agarramento, muito pequena provoca cansaço;

2- Certifique-se suas mãos estejam limpas e secas antes de calçar as
luvas;
3- Dobre os punhos, evitando que os produtos líquidos escorram para os
braços;

4- Lave e limpe as luvas antes de retira-las;

- Quando utiliza-las com tintas e pigmentos, limpe-as com pano
umedecido com solvente e seque-as;
- Quando utiliza-las com solventes, limpe-as com pano seco;
- Quando utiliza-las com ácidos ou produtos alcalinos, enxágue-as
com água e posteriormente seque-as com pano seco.

5- Retire as luvas sem tocar em sua superfície externa:

- Remova as mãos puxando as luvas pela ponta dos dedos;
- Vire os punhos e puxe as luvas tirando-as do avesso.

6- Lave as mão após retirar as luvas e aplique creme hidratante no final
do dia de trabalho.

7- Certifique-se de que o interior da luva está seco antes de reutiliza-las.

8- Não utilize as luvas que estejam rasgadas ou de alguma forma
danificadas.

15 de dezembro de 2010

PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR)


PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR)


Introdução


O sistema respiratório é constituído por um conjunto de órgãos que tornam possível a respiração normal. Falando mais concretamente, é formado pelo nariz, boca, garganta, laringe, traquéia e os brônquios, os quais constituem as vias respiratórias. Por outro lado encontram-se os pulmões, cuja missão é enviar o oxigênio ao sangue e este de transportar o oxigênio a todas as células do corpo. É esta uma das principais funções do aparelho circulatório, de transportar o oxigênio através do corpo humano em suas artérias e de recolher o produto da reação ou seja, o dióxido de carbono - CO2, e levá-lo até os pulmões para ser expelido.
Integrando este sistema está também o diafragma e os músculos do peito, os quais têm por objetivo provocar os movimentos respiratórios normais. É o oxigênio que mantém acesa a chama da vida. O cérebro é o encarregado de regular a função respiratória. Quando o cérebro necessita mais oxigênio, envia estímulos aos músculos do peito e o diafragma por meio dos nervos, fazendo-os funcionar com maior aceleração e vigor.
Comparando o corpo humano a uma máquina completa, pode-se concluir que um dos parâmetros a assegurar o perfeito funcionamento, é a presença de “ar respirável”.


Ar respirável


O ar atmosférico que nos envolve, o ar natural (aqui considerado seco) pode ser representado em números redondos, em porcentagem por volume de: 21% de oxigênio; 1% de Gases nobres ; 78% de nitrogênio.


Ar respirável significa:


• Conter no mínimo 19,5% em volume de oxigênio.
• Estar livre de produtos prejudiciais à saúde, que através da respiração possam provocar distúrbios ao organismo ou o seu envenenamento.
• Encontrar-se no estado apropriado para a respiração, isto é, ter
pressão e temperatura normal, que em hipótese alguma levem a
queimaduras ou congelamentos.
• Não deve conter qualquer substância que o torne desagradável, por exemplo: odores.


Respiração


Por respiração do homem entende-se todo o processo pelo qual o corpo humano é suprido de oxigênio e libertado de CO2 (dióxido de carbono).

Controle dos perigos respiratórios


Num bom programa de proteção respiratória, é essencial a avaliação correta do perigo. Isso requer que se conheça o processo, as matérias primas empregadas, os produtos finais, derivados e outros.
Com esse conhecimento deve-se recolher uma quantidade suficiente de amostras apropriadas, que mostrem, durante todas as condições de operação, atmosferas que por seu conteúdo de oxigênio e níveis de concentração, sejam suficientemente conhecidas para avaliar a que exposição uma pessoa estará exposta durante o trabalho.

Conhecimento dos perigos respiratórios


Pelas características da formação do corpo humano, os materiais tóxicos podem penetrar no corpo por 3 (três) diferentes caminhos:


Classificação dos riscos


Os riscos respiratórios classificam-se normalmente, por:
• Deficiência de oxigênio;
• Contaminação por gases: Imediatamente perigosos à vida, ou não.
• Contaminação por aerodispersóides (poeiras, fumos, etc...);
• Contaminação por gases e aerodispersóides: imediatamente perigosos à vida, ou não.
O conteúdo normal de oxigênio no ar atmosférico é de aproximadamente 21% em volume.
As concentrações de oxigênio abaixo de 19,5% são consideradas inseguras para as exposições humanas devido aos efeitos nocivos nas funções do organismo, processos mentais e coordenação muscular.
Gases imediatamente perigosos à vida


São contaminantes que podem estar presentes em concentrações perigosas, mesmo quando a exposição for por um período curto.

Gases não imediatamente perigosos à vida


São contaminantes que podem ser respirados por um período curto, sem que ofereçam risco de vida, porém podem causar desconforto e possivelmente danos quando respirados por um período longo ou em períodos curtos, mas repetidos muitas vezes.


Classes de contaminantes gasosos


Quimicamente os contaminantes gasosos podem ser classificados como:


Inertes
Não são metabolizados pelo organismo
Ex: Nitrogênio, Hélio, Argônio, Neônio, Dióxido De Carbono.


• Ácidos
Podem causar irritações no sistema respiratório e provocar o aparecimento de edemas pulmonares
Ex: Dióxido De Enxofre, Gás Sulfídrico, Ácido Clorídrico.


•Alcalinos
Idem ao Ácidos - Ex: Amônia E Aminas.

• Orgânicos
Podem existir como gases ou vapores de composto líquido orgânico. Ex: Acetona, Cloreto De Vinila, Etc...


• Organo Metálicos
Compostos metálicos combinados a grupos orgânicos.
Ex: Chumbo Tretaetile e Fósforo Orgânico.

Efeitos biológicos
Os gases e vapores podem ser classificados segundo a sua ação
sobre o organismo.


• Irritante
Produzem inflamação nos tecidos com que entra em contato direto: pele, olhos, via respiratória.
Ex: ácido clorídrico, sulfúrico, amônia, soda cáustica. o ponto de ação dos gases e vapores irritantes é determinado pela solubilidade.


• Anestésico
A maioria dos solventes pertencem a este grupo, uma propriedade comum a todos é o efeito anestésico, devido a ação depressiva sobre o sistema nervoso central.
Ex: clorofórmio, éter; os quais podem provocar perda da sensibilidade, inconsciência e a morte.


Asfixiantes
Simples = Nitrogênio.
Químico = “CO “ - Monóxido de carbono.

Venenos sistêmicos
Podem causar danos aos órgãos e sistemas vitais do corpo humano.
Ex: vapores metálicos de Mercúrio, Arsênio, etc...


Aerodispersóides


• Formação: dispersão de partículas
no ar de tamanho reduzido.
Podem ser classificados em três grupos, de acordo com sua ação nociva:


• Partículas Tóxicas
Podem passar dos pulmões para a corrente sangüínea e levadas para as diversas partes do corpo, onde vão exercer ação nociva à saúde (Irritação química, envenenamento sistêmico, tumores, etc...)
Ex: Antimônio, Arsênio, Cádmio, Ácido Fosfórico, Fósforo, ácido Crômio, etc...

Poeiras causadoras de fibroses ou pneumoconioses
As quais não sendo absorvidas pela corrente sangüínea permanecem nos pulmões podendo causar lesões sérias neste órgão.
Ex: Asbesto, Carvão, Bauxita, Sílica livre, etc...

• Partículas não tóxicas
Chamadas também de poeiras não agressivas, não causam fibroses, podem ser dissolvidas e passar diretamente para a corrente sangüínea ou que podem permanecer nos pulmões, sem causar efeitos nocivos locais ou sistêmicos.
Ex: Algodão, Lã, Farinhas, Poeiras de Couro, Pó de Madeira, etc...
“ Altas concentrações destes aerodispersóides devem ser considerados sempre com muita atenção”.
Os aerodispersóides segundo suas propriedades físicas classificam-se em:


• Névoas ou neblinas
Partículas líquidas em suspensão no ar, com dimensões que vão desde 5 a 100 mícrons.


• Fumos
Partículas sólidas de origem orgânica. São encontradas em dimensões que vão de 0,01 a 0,3 mícrons.

• Poeiras
Partículas sólidas geradas mecanicamente por manuseio, moagem, raspagem, esmerilhamento, etc... São encontradas em dimensões perigosas que vão desde 0,5 a 10 mícrons.


• Vapores Metálicos
Partículas sólidas condensadas. São encontradas em dimensões de 0,1 a 1 mícron.


• Organismos vivos
Bactérias em suspensão no ar, com dimensões de 0,001 a 15 mícrons.


Mícron
Unidade de comprimento igual a uma milionésima parte do metro padrão.


Perigos das partículas
As dimensões das partículas expressas em mícrons, são de suma importância.
As partículas menores de 10 mícrons de diâmetro tem mais facilidade para penetrar no sistema respiratório.
As partículas menores de 5 mícrons de diâmetro são mais fáceis de alcançar os pulmões.


Formas de expressão de quantidades de poluentes no ar.

• PPM - (partes por milhão) 1 ppm de poluente corresponde a 1 cm3 de poluente por metro cúbico de ar respirado. Assim, ao constatarmos que determinado ambiente tem 30 ppm de cloro, estamos respirando 30 cm3 desse gás por metro cúbico de ar que respiramos.



14 de dezembro de 2010

QUEIMADURAS


CONCEITO:



Queimaduras são lesões ocasionadas pela exposição de tecidos orgânicos a diversas formas de energia, não só Físicas (calor ou frio), mas também químicas (ácidos, álcalis etc.) ou biológicas.
As queimaduras podem variar desde pequenas lesões, como uma queimadura produzida por cigarro, até lesões mais extensas e profundas capazes de desencadear alterações importantes no nosso metabolismo.



Classificações



Quanto Ao Agente:


Físicos:
Temperaturas: vapor, objetos aquecidos, água quente, chama, etc.
Eletricidade : corrente elétrica, raio, etc.
Radiação : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares, etc.



Químicos:
Produtos químicos: ácidos, bases, álcool, gasolina, etc.



Biológicos:
Animais: lagarta-de-fogo, água-viva, medusa, etc.

Classificação
Quanto A Profundidade Da Lesão

1º Grau
Não sangra , geralmente seca
Rosa e toda inervada
Não passam da Epiderme
Queimadura de Sol(exemplo)
Vermelhidão
Dolorosa



Obs.:Normalmente não chega na emergência


1º Grau
Classificação
Quanto a profundidade da lesão



•2º Grau
Atinge derme
Úmida
Presença de Bolhas
Rosa, (Vermelhidão)
Dolorosa
Cura espontânea mais lenta,
com possibilidade de formação de cicatriz



2º Grau
Classificação
Quanto a profundidade da lesão



3º Grau
Atinge todos os apêndices da pele
Ossos , músculos, nervos , vasos
Pouca ou nenhuma dor
Úmida
Cor Branca, Amarela ou Marrom
Não cicatriza espontaneamente,
necessita de enxerto.



4º Grau
Necrose Total
Carbonização
Tecido negro



Queimaduras do Frio



Se forem profundas lesões da derme e da hipoderme (tecidos subcutâneos) , pele esbranquiçadas rija e totalmente insensível havendo mesmo perda de sensibilidade
Sintomas :



Pele inchada endurecida, solida;
Perda de função ou ausência de dor.
Coloração de pele que muda de branca para vermelha e para roxa
Bolhas.
Fala arrastada
Perda de memória
Quanto A Extensão Das Lesões (Adultos) Regra Dos Nove



Queimaduras Provocadas Pelo Frio



Vá para um local quente logo que possível;
Colocar a área afectada em água morna – não quente (a temperatura deverá ser confortável ao toque nas áreas do corpo não afectadas);
Não esfregue a área queimada ou sequer a massaje, pois pode causar mais danos;
Não use compressas aquecedoras, lâmpadas quentes ou o calor de um fogão, lareira ou radiador para aquecer uma vez que as áreas afectadas estão dormentes e poderão queimar facilmente.



Queimaduras elétricas

É aquela provocada por contato com fonte de energia elétrica. Este tipo de queimadura é especial pois dependendo da corrente elétrica pode atingir órgãos internos na passagem da corrente, "cozinhando-os " como num microondas , pode ainda causar PARADA cardíaca uma vez que o coração funciona através de estímulos elétricos.



O que fazer :



Monitore os sinais vitais, se preciso aplique RCP.
Procure os locais de "entrada" e "saída" da corrente elétrica. O ponto de entrada é a queimadura no local de contato com a fonte de energia elétrica. O de saída situa-se na região do corpo descarregou a energia na "terra". Ambos estarão lesados.
se a lesão for maior que 5 cm, NÃO COLOQUE AGUA FRIA.
cubra o local com pano úmido e limpo

O valor da Iniciativa

ERGONOMIA

G I N Á S T I C A L A B O R A L

 - Definição de ginástica laboral. -

É uma atividade física orientada, praticada durante a jornada de trabalho, no horário de expediente visando benefícios pessoais, em prol de uma melhoria na desenvoltura da atividade profissional desenvolvida no trabalho.

 - Vantagens da ginástica laboral. -

Este tipo de atividade física apresenta grandes benefícios tanto para empresa, como ao seu colaborador, motivo pelo qual, nos dias atuais, esse tipo de atividade é estimulada e implantada em diversas empresas.


 - Benefícios ao colaborador. -

Os benefícios dependem diretamente do tipo de trabalho realizado. A maioria dos exercícios tenta diminuir o efeito da solicitação constante a que é submetido um trabalhador ao executar determinada tarefa, seja ela física ou não.

1.- benefícios fisiológicos.-

 - combate a prevenção de doenças ocupacionais.
 - melhoria da flexibilidade, da força, da elasticidade.
 - aumenta a agilidade, ritmo, disposição e resistência.
 - promove a sensação de bem-estar no final da jornada de trabalho.
 - usado como um relaxamento físico.

2.- benefícios psicológicos.-

 - melhoria da auto-estima e da auto-imagem
 - combate às tensões emocionais
 - aumento da atenção e concentração na atividade desenvolvida.

3.- benefícios sociais.-

 - favorece o relacionamento social entre as pessoas (internos da empresa)
 - desenvolve a idéia do trabalho em equipe.

 - Benefícios à empresa. -

Diminuí os problemas de saúde no colaborador, que é sinônimo de aumento de produtividade na Empresa.

 - redução de gastos com afastamentos
 - redução de ausência de pessoal ( falta no trabalho )
 - redução de afastamento por problemas médicos decorrente de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.

Na empresa modernas, em todo mundo inclusive no Brasil, tornou-se corriqueiro a inclusive do chamado “ Programa de qualidade de vida, que entre outras atividade inseriu-se a ginástica laboral nas atividades deste programa .

O que é o Estresse?


O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas.

Um dos primeiros estudos sobre estresse foi realizado em 1936 pelo pesquisador canadense Hans Selye, que submeteu cobaias a estímulos estressores e observou um padrão específico na resposta comportamental e física dos animais.
Selye descreveu os sintomas do estresse sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação, composto de três fases sucessivas; alarme, resistência e esgotamento. Após a fase de esgotamento era observado o surgimento de diversas doenças sérias, como úlcera, hipertensão arterial, artrites e lesões miocárdicas.

O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos: o estresse crônico e o agudo. O estresse crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave. O estresse agudo é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas, mas passageiras como a depressão na morte de um parente.