29 de abril de 2011

A Água no Corpo

Conforme mencionado anteriormente, a água é, desde a nossa concepção, uma parte importante do corpo. Um embrião humano é composto de 80% de água e um recém-nascido de 74%. Já uma pessoa em idade avançada, pode chegar a conter apenas 55% de água no corpo. Aparentemente, à medida que envelhecemos, ficamos cada vez mais "secos", ou melhor, "desidratados".

A água que bebemos praticamente se converte em nós. É preciso ingerir muita água para garantir um bom funcionamento do nosso corpo. Além de ajudar na digestão e absorção dos alimentos, a água regula a temperatura do corpo, carrega nutrientes e oxigênio para as células, removendo as toxinas e outros resíduos de nosso corpo.

A verdade é que muitas pessoas não bebem água em quantidade suficiente. Normalmente à medida que envelhecemos, ingerirmos cada vez menos água. É fácil associar a imagem de uma criança suada vir correndo, no meio de uma brincadeira, para pedir um copo de água para sua mãe. É difícil imaginar uma pessoa de idade fazendo a mesma coisa. Não estamos nos referindo aqui aos benefícios da água como meio depurador do organismo, mas como elemento constituinte deste. Essa situação pode originar diversas disfunções: acúmulo de gorduras, baixo tônus muscular, deficiências digestivas, prisão de ventre, dores de cabeça, enxaquecas, problemas nas articulações, ressecamento da pele e outros.

Um adulto tem uma perda diária de aproximadamente 2,5 litros, ou de 8 a 10 copos de água. Basicamente, essa perda ocorre através de: 1/2 copo pelas solas dos pés; 2 a 4 copos pela respiração; 2 copos pela transpiração, e 3 copos através da urina.

A água é o meio onde ocorrem diversas reações químicas e enzimáticas no corpo. Ela transporta nutrientes, hormônios e anticorpos pelos sistemas linfático e circulatório. A própria temperatura de nosso corpo é regulada em boa parte pela transpiração que remove o excesso de calor para fora do corpo.

O próprio ato de respirar requer uma quantidade adequada de água para manter as membranas dos pulmões elásticas e hidratadas.

A ingestão regular de água é indispensável durante a gravidez pois, como já vimos, o feto é composto de aproximadamente 80% de água. É importante que essa água seja totalmente isenta de contaminantes, que possam de alguma forma prejudicar o desenvolvimento normal e a saúde do bebê. Atenção especial deve ser dada à total eliminação do cloro. Existem trabalhos científicos demonstrando que esse produto, combinado a resíduos orgânicos, forma uma substância chamada trialometano, que possui efeitos abortivos até o terceiro mês de gravidez. Para maiores detalhes sobre este assunto, recomendamos consultar o site www.ncbi.nlm.nih.gov, da biblioteca médica norte-americana, onde poderão ser encontrados outros trabalhos associando os trialometanos a ocorrências de câncer nos tratos digestivo e urinário.

Atualmente está sendo feito um sério questionamento com relação à adição de flúor na água (tanto na rede pública quanto nas águas engarrafadas). Esse produto, se aplicado em excesso, pode provocar fluorose dental (manchas brancas definitivas) nos dentes das crianças.

As pessoas de idade, por sua vez, não deveriam tomar água com flúor pois nelas a fluorose se manifesta como um enfraquecimento do esqueleto, provocada pela deposição de flúor nos ossos. Isso significa que os ossos, naturalmente propensos pela idade a desenvolver osteoporose, ficam ainda mais fragilizados. Um artigo muito interessante sobre este problema poderá ser encontrado no site do "British Medical Journal" www.bmj.com/cgi/content/full/319/7205/269. Não deixe de ler as respostas e comentários anexados a esse artigo.

Para mais detalhes, verificar a seção sobre contaminantes, onde relacionamos algumas das 800 substâncias que se estima estejam hoje contaminado a água que bebemos e os seus efeitos sobre a saúde das pessoas.

O efeito lubrificante da água nas articulações é importantíssimo. Quando as cartilagens estão convenientemente hidratadas, as extremidades ósseas se movimentam com facilidade, "flutuando" sobre esse colchão amortecedor. Se as cartilagens estiverem desidratadas, ocorrem movimentos abrasivos que podem redundar em danos permanentes e dores localizadas. Convém lembrar que o crescimento das células do sangue na medula tem prioridade na obtenção da água em relação às cartilagens. Por esse motivo, a manutenção de uma hidratação adequada exerce efeito positivo também nas pessoas que sofrem de reumatismo.

A água contida no centro de nossa coluna vertebral suporta 75% do peso da parte superior de nosso corpo. Os restantes 25% são suportados pelo material fibroso situado ao redor dos discos. Assim, a capacidade de carga de nossa coluna está estreitamente relacionada ao equilíbrio hidráulico e à qualidade da água ingerida.

Nosso cérebro é composto por 75% de água. Embora o peso deste órgão corresponda a apenas 2% do peso de nosso corpo, ele demanda 5% do fornecimento de sangue. Dores de cabeça e enxaquecas têm sido relacionadas freqüentemente com estados de desidratação do cérebro. Uma das recomendações para curar ressacas, onde nosso organismo se encontra bastante desidratado, é beber água em grandes quantidades.

A digestão de alimentos sólidos depende de quantidades substanciais de água. Os ácidos e enzimas existentes no estômago reduzem a comida a um fluido pastoso, que passa para a próxima fase da digestão, no intestino. Nessas circunstâncias, caso não haja um grau de hidratação adequado, o bolo alimentar será transformado em fezes duras, secas, de difícil circulação, e de evacuação dolorosa. Uma boa parte dos casos de constipação intestinal tem origem, portanto, em uma hidratação insatisfatória (e também a uma alimentação pobre em fibras).

Gastrites, duodenites, dores provocadas por úlceras (não perfuradas) e queimação de estômago, podem ter seu efeito atenuado através de ingestão de água.

A sensação de "boca seca" é um dos últimos avisos externos de desidratação. À medida que nosso organismo tenta se adaptar à falta de água, o mecanismo da sede fica desativado. Essa desativação também ocorre, gradualmente, enquanto as pessoas vão envelhecendo. Quando voltamos a fornecer um volume de água adequado ao nosso corpo, o mecanismo da sede volta a ser ativado, até que atingimos uma situação de hidratação normal. Isto faz com que voltemos a ter sede com freqüência.

A quantidade de água que deve ser ingerida diariamente por uma pessoa de vida sedentária é de aproximadamente 30 gr. por quilo de peso corporal. Isso representa, em média, uns 8 copos de água. Por cada 12 quilos de excesso de peso, recomenda-se um copo de água adicional. Uma pessoa ativa, atlética, necessitará de 40 gr. diárias por quilo de peso. Quanto mais exercícios a pessoa faça, mais água deverá ingerir. Recomenda-se, contudo, beber esses volumes ao longo do dia, não concentrando mais de 4 copos por hora. Após algumas semanas, a bexiga se adaptará a essas quantidades, passando-se a urinar com menos freqüência, porém em maior quantidade.
Existem no mercado vários aparelhos "magnetizadores de água" que prometem a cura das mais diversas moléstias mediante a simples ingestão dessa água supostamente energizada. Impressiona a variedade de doenças e disfunções que podem ser curadas por esse processo: ajudam na circulação sanguínea, eliminam o colesterol, previnem úlceras, combatem a celulite, combatem diabetes, previnem infecções diversas, diminuem a pressão arterial, etc. Na verdade de tempos em tempos aparecem novas teorias ou promessas de cura por esse meio. Na década do 50 era moda em alguns países tomar "água da Lua". Tratava-se de água depositada em uma jarra de vidro e exposta á luz da lua durante a noite período durante o qual estaria absorvendo algum tipo inexplicável de energia. Essa água deveria ser consumida em grande quantidade durante o dia seguinte para que surtisse efeito com maior intensidade. O principal benefício desses "tratamentos" é que induzem as pessoas a tomar água com regularidade. Vemos assim pessoas que raramente bebiam água, e sofriam, portanto, de prisão de ventre crônica, problemas nas articulações e na coluna, dores diversas causadas pelo acúmulo de alguma toxina no organismo, começarem a se sentir melhor.

A substituição da água por bebidas alternativas nem sempre é vantajosa como forma de re-hidratação. Sucos artificiais, refrigerantes, café e outros podem conter substâncias que não são tão saudáveis quanto se acredita. Bebidas com cafeína estimulam as glândulas supra-renais. Sucos podem conter excesso de açúcar ou compostos artificiais. Os refrigerantes, além desses compostos, podem conter quantidades expressivas de sódio. Na verdade, a ingestão desses líquidos poderá estar sobrecarregando e poluindo nosso organismo, em lugar de contribuir para limpá-lo e hidratá-lo de forma saudável.

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